Dermatite Seborréica

A dermatite seborreica é uma condição dermatológica comum, caracterizada por descamação, vermelhidão e coceira, especialmente em áreas ricas em glândulas sebáceas, como o couro cabeludo, rosto, orelhas e parte superior do tronco. 

Embora sua causa exata não seja completamente compreendida, fatores como a presença do fungo Malassezia spp., predisposição genética, produção excessiva de sebo, clima e estresse emocional desempenham um papel importante em seu desenvolvimento.

No couro cabeludo pode vir como leve descamação (a famosa “caspa”), ou se apresentar como grandes placas vermelhas e descamativas, ou crostas seborréicas. No rosto, orelhas e tronco, ocorre como manchas vermelhas descamativas, ou apenas descamação. 

O diagnóstico da dermatite seborreica geralmente é feito com base na apresentação clínica dos sintomas e na exclusão de outras condições dermatológicas semelhantes.

O tratamento pode envolver o uso de xampus antifúngicos, corticóide tópicos e agentes queratolíticos para aliviar os sintomas e reduzir a inflamação. Raramente são necessárias medicações por via oral.

É importante ressaltar que a dermatite seborreica é uma condição crônica e recorrente, e o manejo eficaz muitas vezes requer uma abordagem contínua.

Consultar um dermatologista é essencial para receber um diagnóstico correto e um plano de tratamento, visando controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente afetado pela dermatite seborréica.

MELASMA

São manchas acastanhadas que surgem  principalmente no rosto, em pacientes geneticamente predispostos. Geralmente, afetam áreas expostas ao sol, como bochechas, testa, nariz e queixo, mas podem aparecer de forma menos frequente em pescoço, colo e braços. Esta condição é mais comum em mulheres na idade fértil, mas pode iniciar-se após a menopausa e também afetar homens. Períodos de flutuações hormonais, como gravidez ou uso de anticoncepcionais hormonais, favorecem o aparecimento do melasma.

Causas:

– O melasma é causado por um aumento na produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele.

– Fatores de risco incluem exposição ao sol sem proteção, predisposição genética, flutuações hormonais (como gravidez ou uso de contraceptivos hormonais), uso de certos medicamentos e histórico familiar de melasma.

    Neste ponto, vale lembrar que a luz visível, especialmente a luz azul, emitida não só pelo sol, mas também por lâmpadas e telas de dispositivos eletrônicos, tem sido associada à manchas na pele. Mesmo que com um impacto muito menor que da radiação ultravioleta do sol, a luz visível pode aumentar a produção de melanina na pele e contribuir para piora do melasma. 

Sintomas:

– O principal sintoma do melasma são as manchas escuras na pele, que geralmente têm bordas irregulares e uma aparência simétrica.

– Essas manchas podem variar em cor, desde marrom claro até marrom escuro, e podem se tornar mais visíveis após a exposição ao sol.

Tratamento:

O tratamento é desafiador. Embora não haja nada “milagroso” para o melasma, se as recomendações forem feitas de forma correta e com disciplina, pode haver grande redução no tom e tamanho das manchas, ficando bem menos perceptíveis.

Opções de tratamento incluem:

  • uso regular de filtro solar de alta proteção, com reaplicações ao longo do dia;
  • os filtros com cor em geral têm maior proteção à luz visível, e são bem indicados no melasma (mas pra quem não gosta da cor de base, há opções sem cor com amplo espectro, que podem ser escolhidas);
  • produtos tópicos de uso domiciliar (há várias opções que devem ser orientadas pelo dermatologista, em cada caso)
  • procedimentos dermatológicos, como peelings químicos, microagulhamento , laser e terapia de luz intensa pulsada (IPL), podem ser recomendados para tratar manchas persistentes.

Importante dizer que os produtos de uso domiciliar são muito importantes, já que mesmo que algum procedimento seja feito, caso não haja uma manutenção diária, as manchas voltam com facilidade. 

ACNE

A acne é uma condição comum da pele que afeta pessoas de todas as idades. É mais prevalente na adolescência devido às mudanças hormonais, mas tem sido cada vez mais frequente na fase adulta. Caracteriza-se pelo aparecimento de espinhas, cravos e lesões inflamadas na pele, principalmente no rosto, peito, costas e ombros.

A acne é causada por uma combinação de fatores, incluindo aumento da produção de óleo pelas glândulas sebáceas, obstrução dos poros da pele, crescimento bacteriano e inflamação.

– Fatores genéticos, hormonais, dieta, estresse e certos medicamentos também podem desempenhar um papel no desenvolvimento da acne.

Às manifestações são variadas e incluem: 

1. Comedões (cravos): são poros obstruídos por células mortas da pele e óleo.

2. Pápulas: lesões elevadas, endurecidas, avermelhadas. 

  1. Pústulas (“espinhas”): são pápulas que contém pus.
  2. Nódulos e cistos: lesões maiores que as pápulas e pústulas, que atingem camadas mais profundas e podem causar dor e deixar cicatrizes.

O tratamento da acne pode variar dependendo da gravidade e tipo de lesão.

– Opções de tratamento incluem produtos tópicos (de aplicação na pele), além de medicamentos orais como antibióticos, contraceptivos hormonais e isotretinoína.

O tratamento precoce da acne é muito importante para prevenir manchas e cicatrizes. 

É importante buscar um dermatologista, que pode avaliar qual é a condição específica de acne no seu caso e definir o melhor tratamento. 

Dra. Talita Roriz. © 2024 Todos os direitos reservados.